Tem cheiro de mim nas tuas roupas
E de luz apagada tu me enxergas
Não me devolvas o que eu não quero aceitar
Mas joga fora aquilo que não é mais teu
Por conta e risco tu guardas esse tesouro
Um matadouro de todas as esperanças
Nem cheiro meu nem cheiro teu nas tuas roupas
É coisa una.
Tem cheiro de ti nas minhas roupas
De luz acesa vejo o nada que me cerca
Não jogo fora o que eu quero guardar
Mas eu devolvo aquilo que não é meu
Por conta e risco eu queimo mais um tesouro
Um só berçário para novas esperanças
Nem cheiro teu nem cheiro meu nas minhas roupas
É coisa una.
Tem cheiro de fim em toda roupa
E na meia-luz nada daqui se leva
Não se devolve aquilo que degenera
Mas se põe fora o que já envelheceu
Por conta e risco se guarda feito tesouro
Um relicário ávido por lembranças
Nem cheiro meu nem cheiro teu em qualquer roupa
Nem coisa alguma.
***
Revirando o passado.
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
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3 comentários:
É coisa una, nem coisa alguma.
Adorei isso.
Faltou um espaço pra cabelos na roupa.
Se bem que não pareçam tão poéticos.
Embora nem sempre.
hAUIOEHIUOehuioIUAE
=***
ps. não uso mais esse blog ><
em portugueiz?
Tem cheiro de Josie nesses versos.
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